sexta-feira, 20 de agosto de 2010
O Nosso Sangue
Ela me atormentava, Me dava o seu corpo como se fosse qualquer coisa, Eu olhava a faca em uma das minhas mãos e desejava golpear ela e sentir cortando sua carne, Mas um medo imenso tomou conta de mim, O medo de perder a minha liberdade só por um misero prazer de ver o sangue jorrando, Ela me olhou com aqueles olhos tão azuis e me beijou, Acariciei seus cabelos e apertei sua bunda, Senti seu corpo tão gelado e me perguntava o porque de ela querer dar sua vida a troco de nada, Ela me respondeu apenas que era meu dia de sorte e começou a se despir na minha frente, Guardei a faca dentro do criado mudo ao lado da cama e percorri todo seu corpo, A minha lingua se tornara doce como o mel e o meu corpo sofria mudanças, Ela me abocanhou no pescoço e quase perdi meus sentidos, Sentia seus dentes sobre meu pescoço e veias, Me senti fraco por alguns momentos e meus sentidos começaram a voltar, Lhe perguntei o porque de tudo aquilo e ela apenas dizia que era para o meu bem, Pegou a faca da gaveta do criado e cortou um dos pulsos e bebia neles como se fossem cálices, Eu não entendia nada do que estava acontecendo ali, Ela me ofereceu uma de suas mãos para eu beber, Eu disse que não mas pensava em tudo ali e decidi provar, Era como morango com chocolate, Mel com leite, Tinha tantos gostos que até parecia que isso estava no meu cardápio, Eu pego a faca e corto fundo um de meus pulsos, Nós dois ali sentados despidos no chão gelado saboreando nossos sangues, Passo seu sangue no meu corpo e ela o meu no seu, Enlaçamos nossos corpos juntos com nossos sangues, Nunca sentira tanta sede como sentia ali, Olho seus olhos azuis ficarem vermelhos como o sangue, Terminamos juntos e fechamos os cortes para deixar um pouquinho para o dia seguinte e dormimos juntos ali no chão mesmo
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