Mãos

Antigamente eu costumava olhar as mãos de meu pai quando ele voltava do trabalho, depois de um dia inteiro de trabalho, eu também olhava as mãos de minha mãe, as mãos deles sempre me ensinavam e inspiravam, a do meu pai tinha a sua aliança e depois o anel de contador, a mão da minha mãe sempre tinha algum machucado ou queimado de panela quente (dela cozinhar ou arrumar a casa) Eu sempre me senti protegido por suas mãos, suas mãos me faziam preces sobre minha cabeça, me faziam carinho para eu dormir, me consolavam quando eu chorava, me davam puxões de orelha quando eu precisava, me carregavam no colo (protegido eu digo, assim como o Hugo está se sentindo protegido por minhas mãos na foto) Mãos que lutaram e lutam, mãos que batalharam e batalham, mãos que fazem a diferença, mãos que me ensinaram a vida e vida ensinarei aos meus filhos e netos