segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A Casa Que Era De Minha Família

Nesta casa a felicidade era infinita, era quando a minha família era unida, aonde eu e meus familiares vivemos tantas coisas todos reunidos, dos meus brinquedos, das armadilhas para passarinho que meu vô me ensinava fazer, da comida deliciosa que minha vó fazia, dos pães caseiros (ah que saudade ainda sinto o cheiro), as tias, minha mãe e minha vó sentadas na mesa tomando café e conversando, eu e meu irmão brincando no chão da cozinha e as vezes embaixo da mesa também, dos pés de goiaba e jabuticaba carregados em frente à porta da cozinha, do natal em que nós não tínhamos uma árvore de natal, mas mesmo assim a família improvisava com um galho de árvore, do quintal de terra vermelha e muitas folhas, Mad Max na tv com os tios, a cama dos avós toda arrumada com a colcha de retalhos, ao lado um criado mudo com a bíblia, na penteadeira da vó um espelho, escova de cabelo e pentes, muitos perfumes e um guarda roupa, o leiteiro trazendo o leite ainda quente no portão, o vizinho com seus cavalos e da vez em que tomou um coice na boca do mesmo, a galinha na água fervendo na panela para o almoço de domingo, o macarrão da vó era (o macarrão) o molho de tomate era delicioso, as brincadeiras no quintal eram ao lado de meu irmão, meu fiel companheiro, o carroceiro passava toda sexta, para pegar a lavagem do galão que a vó deixava separado, as vezes íamos ao Tonicão com meu pai e tios, a gente gostava de escorregar com papelão nos barrancos do estádio, essa vila é tão incrível, essa casa era tão linda e hoje já nem existe mais, só restaram as lembranças e a saudade

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