segunda-feira, 23 de março de 2009

O Éco


Lá em cima o abutre se mantem imóvel no ar e nas profundezas das ondas, Nos labirintos e nas cavernas de coral, O eco de um tempo distante vem magicalmente pela areia, E tudo é verde e submarino, Ninguém nos mostrou a terra firme e ninguém sabe aonde nem o porquê, Algo se agitou e começou a subir em direção a luz, Estranhos passando na rua, Acidentalmente dois olhares se encontram, Eu sou você e o que vejo sou eu, Eu te pego pela mão e te conduzo através do terreno, Ajude-me a entender o melhor que eu puder e ninguém nos chama para seguir adiante, E ninguém nos obriga a fechar nossos olhos, Ninguém fala e ninguém experimenta, Ninguém voa ao redor do sol, Entretanto todos os dias você aparece nos meus olhos atentos, Me convidando e incitando a subir, E através da janela na parede entram agitados raios da luz do sol, Milhares de brilhantes anunciadores da manhã, Ninguém me canta canções de ninar e ninguém me faz fechar meus olhos, Então escancaro a janela e te chamo através do céu

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