terça-feira, 30 de junho de 2015

Demência

Não vejo nenhuma luz no final do túnel, não vejo clarear nada, não vejo a vida mudar em momento algum, o desespero me domina, estou procurando meus antepassados e conhecidos que tive, que hoje não estão mais aqui para tentarem me ajudar, estou procurando as respostas, talvez se morresse teria alegria e liberdade divina, a escuridão escurece a vista, o diesel suja as praias e as gaivotas pescam os últimos peixes que ainda restam, a violência domina toda a terra, o dinheiro não vem fácil e é de difícil acesso, o salário é muito triste, a família já não é mais a mesma, o irmão atira no próprio irmão, a solidão já não amedronta, os cabelos brancos vem à tona, os sapatos viram chinelos, o pão molhado na sopa que é só água, o governo ri na cara da nação, o tiro soa para todos os lados do planeta, a mídia cria palhaços para entreter palhaços, crianças em meio a violência e fome, as armas e alimentos são distribuídos em praças, as lavouras dão o câncer como alimento e a doença mata milhões

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